Também conhecidos pelo nome popular de relés fotocélula, estes dispositivos são muito utilizados no controle automático da iluminação pública de ruas e praças, estacionamentos, residências, indústrias, condomínios e outros locais.
Eles acionam a iluminação ao escurecer (anoitecer) e desligam quando clarear (ao amanhecer), ou após um tempo determinado, de acordo com o modelo.
Embora tenham a mesma função – controlar lâmpadas e luminárias a partir das variações da luz natural – existem diferenças marcantes entre os relés fotoelétricos e fotoeletrônicos. Continue a leitura e saiba quais são!
O que é relé fotoelétrico e como ele funciona?
Para entender como funciona um relé fotoelétrico, é preciso conhecer seu princípio de operação, que pode ser magnético ou térmico.
Os relés que operam por princípio magnético possuem dois componentes internos principais: um LDR e um eletroimã associado a um mecanismo com molas e contatos.
A resistência elétrica do LDR varia de acordo com o nível de luz que incide sobre ele, fazendo com que a corrente elétrica que circula pelo eletroimã aumente ou diminua, criando um campo magnético também variável. E de acordo com sua intensidade, o mecanismo liga ou desliga os contatos elétricos.
Um dos inconvenientes deste tipo de relé é a condição de instabilidade que apresentam ao receber certo nível de luz, em que os contatos ficam vibrando entre as condições de ligado e desligado. Esse comportamento pode danificar tanto o relé como as lâmpadas controladas por ele.
Já nos relés que operam por principio térmico, os componentes principais são o LDR e um conjunto de lâminas bimetálicas. Neste caso, a corrente elétrica variável é utilizada para aquecer um tipo de resistência, que está acoplada às lâminas bimetálicas, as quais ligam ou desligam os contatos.
Por este motivo, a temperatura ambiente afeta diretamente seu funcionamento. Ou seja, o frio e o calor interferem no momento de ligar ou desligar. Em alguns casos, em temperaturas extremas, esse tipo de relé pode até não funcionar.
Qual a diferença entre os relés fotoelétricos NA e NF?
Tanto os relés fotoelétricos como os fotoeletrônicos podem ser de 2 tipos, de acordo com o funcionamento dos contatos elétricos.
Os relés NA (normalmente abertos) ligam quando clarear (dia) e desligam quando escurecer (noite). Em geral, não são muito comuns no comércio.
Os relés NF (normalmente fechados) ligam os contatos elétricos quando escurecer (noite) e desligam quando clarear (dia). São os tipos mais utilizados na prática.
Afinal, Relé Fotoelétrico ou Fotocélula? Qual é o termo correto?
Vamos às definições:
Relé fotoelétrico. É o nome tecnicamente correto dos dispositivos para controle automático da iluminação que operam por princípio magnético ou térmico. Em geral, possuem modelos separados para as tensões de 127V~ e 220V~.
Fotocélula. Embora seja um nome popular, não é o mais adequado para os relés utilizados em iluminação. Por definição, fotocélula é um dispositivo que transforma energia luminosa em elétrica, como é o caso dos painéis solares.
Além dos termos mais comuns acima, tanto os relés fotoelétricos como os relés fotoeletrônicos também são chamados de relés fotocontroladores, ou seja, dispositivos destinados ao controle de equipamentos de iluminação em função do nível de iluminamento.
Como ligar um Relé Fotoelétrico?
Para saber como ligar um relé fotoelétrico ou fotoeletrônico corretamente, é indispensável seguir o manual de instruções do fabricante. E na hora de instalar, o relé deve ser sempre posicionado de forma que a luz da lâmpada ou luminária controlada por ele não atinja sua área sensível. Caso contrário, o relé fará com que a lâmpada fique piscando.
Qual a diferença entre Relé Fotoelétrico e Relé Fotoeletrônico?
Embora tenham a mesma função, as tecnologias utilizadas em ambos são bem diferentes. Enquanto os relés fotoelétricos, mais antigos, utilizam componentes eletromecânicos, os relés fotoeletrônicos, como o próprio nome sugere, utilizam um circuito com componente eletrônicos.
Uma das principais vantagens dos relés fotoeletrônicos é o funcionamento preciso. Portanto, sem as instabilidades ou dependências da temperatura ambiente, que são comuns nos modelos fotoelétricos.
Tipos de Relés
Existem relés fotoelétricos e fotoeletrônicos de diversos tipos e construções. Em geral, são classificados em dois grupos, de acordo com a forma de ligação:
- Relés com conector padrão NBR-5123. Os relés deste tipo necessitam de uma tomada ou base para a instalação. Assim, eventuais manutenções se tornam simples, pois a troca do relé não requer alterações na fiação elétrica existente.
- Relés com cabos (“fios”). Estes modelos já possuem um suporte apropriado para fixação, e os “fios” saem diretamente do relé, dispensando, portanto, a base ou tomada. Comercialmente, o relé com cabos também é conhecido como relé fácil.
Relés Temporizados
Em geral, a maioria dos relés fotoelétricos e fotoeletrônicos comerciais mantém a iluminação acesa durante toda a noite, desligando somente quando o dia clarear. Isto é importante para as aplicações que envolvem segurança, como iluminação pública, por exemplo.
Contudo, há situações nas quais a iluminação não precisa permanecer acesa continuamente, enquanto estiver escuro. Estas geralmente são ligadas à publicidade e decoração, tais como outdoors, letreiros luminosos, vitrines e jardins.
Para estes casos, os relés fotoeletrônicos temporizados oferecem uma solução simples e econômica, que contribui para o uso racional da energia. Isto porque a iluminação permanecerá acesa apenas nos horários de maior circulação de pessoas e veículos.
Alguns relés temporizados comerciais possuem tempos fixos de fábrica, como 2, 4, 6 ou 8 horas. Já outros, permitem a regulagem do tempo, por exemplo, através de um interruptor, como os modelos abaixo:
Em geral, as temporizações mais utilizadas na prática são 4h, 6h e eventualmente, 8 horas. Isto porque correspondem aos horários de maior movimentação na maioria das localidades.
Relés Compactos
Normalmente, os relés fotoelétricos e fotoeletrônicos comerciais possuem formatos e tamanhos parecidos, com design arredondado, como os exemplos abaixo:
Embora este formato atenda grande parte das aplicações encontradas no dia a dia, existem situações que pedem um produto mais discreto. Um poste de luz no jardim é um exemplo prático.
Neste caso, um relé com formato tradicional ficaria bem aparente, prejudicando assim o efeito visual da decoração. Para estas aplicações, um relé fotoeletrônico compacto seria a alternativa mais interessante.
Este tipo permite ainda a montagem direta no poste, ou seja, sem a necessidade de qualquer suporte ou base. E a forma slim associada à cor preta contribuem para um acabamento bem mais discreto, quando comparado aos modelos mais comuns.
Em geral, o mercado oferece relés compactos com duas capacidades (potências) para LED: 125W e 200W. Embora possam ter o mesmo tamanho, os circuitos eletrônicos internos são diferentes.
Conclusão: Qual você deve usar na sua automação?
Por sua tecnologia mais nova, que proporciona um funcionamento mais estável e preciso em relação aos modelos fotoelétricos tradicionais, hoje os relés fotoeletrônicos são os preferidos na maioria das aplicações práticas.